quarta-feira, 22 de abril de 2009

A Cidade de Amarante !!!!!

Amarante, é uma cidade do distrito do Porto, situada nas margens do Rio Tâmega.
Cidade de uma beleza indiscritível, em que a natureza e o religioso se conjugam em perfeita harmonia. Cidade de gentes humildes, em que cada rosto revela um passado de árduo trabalho, não faltando nele o belo sorriso, a simpatia revelada por um " bom dia " uma " boa tarde ", a hospitalidade.
Amarante não é cidade de uma só leitura.
Olha-se Amarante, e tem-se a impressão muito nítida de que é o religioso que infunde carácter á cidade. Talvez a dimensão que ganha, no conjunto urbano o monumental Convento e Igreja de S. Gonçalo. Talvez a proximidade do rio e da serra, habitat dos homens de outras eras. Talvez as duas coisas coisas juntas.
Seja o que for, a ideia que se colhe é mesmo essa: estamos num lugar que se define pelo religioso.
A história não desmente esta impressão, antes a confirma. Amarante, por assim dizer, nasce quando chega a esse lugar um pregador com fama de Santo. Estávamos então no séc. XIII.
O pregador ( S. Gonçalo ) enamora-se pelo lugar, constrói uma ermida e começa a criar condiçôes para a fixação de pessoas, e assim nasce um pequeno povoado. Começa por construir uma ponte que une as duas margens do Rio Tâmega, que induz a fixação de mais pessoas. Por tudo isto, se vê que o elemento religioso está bem patente na génese da actual cidade. Entretanto, por toda a parte, numerosos mosteiros vão surgindo , funcionando como centros difusores de cultura e incentivadores do povoamento. O religioso, uma vez mais, a marcar e a individualizar Amarante.
Mas, no entanto, há outras leituras possiveis. Há, por exemplo, um subtil odor aristocrático nesta invulgar e bela cidade.
Amarante encontra-se implantada numa zona de grande fertilidade agrícola, o que gerou uma aristocracia culta, que levantou belissímos solares e propiciou o aparecimento de grandes vultos no campo das artes e das letras: Teixeira de Pascoais e Amadeu de Sousa Cardoso ( que dá o nome ao museu ).
Enfim, não podemos esquecer a cumplicidade que a montanha e o Rio Tâmega mantêm com Amarante.
As Serras do Marão, do Alvão e da Abobreira enquadram a cidade, cercam-na de panorâmicas e grandiosas paisagens. Cidade, cercada por humildes povoados, grandes tesouros vivos de velhos usos e artesanato e, perdidos pelos cumes das montanhas, numerosos vestigíos arqueológicos, atestam a antiquissíma ocupação do Homem.
O rio opôe a sua leveza á pesada imobilidade da Serra e ainda hoje os açudes, praias, ínsuas e penedos mantêm nomes que evocam as antigas utilizações que o homem lhes dava.

Sem comentários:

Enviar um comentário